quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Em minha memória de infância há poucas recordações sobre a deficiência. Estudei em escola particular durante todo o ensino fundamental e médio e nas escolas que frequentei não havia inclusão. Não convivi com pessoas com deficiência e, somente quando cursando a faculdade, isso apareceu como uma questão relevante na minha vida. Ao longo da graduação, por optar pela formação no eixo do ensino fundamental, tive apenas uma disciplina voltada para a educação inclusiva e, honestamente, não me lembro muito do que foi discutido nesta matéria. Após terminar a graduação e iniciar minha atuação profissional que me deparei pela primeira vez com algo mais concreto. Recebi em minha turma de primeiro ano uma aluna com Sindrome de Down.
Para mim foi um ano bastante difícil pois não tinha os conhecimentos necessários para lidar com a situação e tive que lutar o ano inteiro para manter uma cuidadora junto a mim na turma. Uma das minhas maiores preocupações era com a aprendizagem da aluna, pois entendo que a inclusão não pode ter por objetivo apenas a socialização. Acredito que precisamos pensar na aprendizagem de todos, em prover meios para que todos possam aprender. Com a ajuda da cuidadora, pude desenvolver uma proposta junto a aluna que conseguiu avançar bastante em sua aprendizagem.
Agora penso que o desafio é conhecer sempre mais sobre a educação inclusiva para que possamos pensar e realizar uma educação em todos os níveis que seja, de fato, inclusiva.